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Conferência

A conferência Objetos de Design: Musealização, Documentação e Interpretação procura problematizar o objeto de design relativamente ao lugar que este ocupa no contexto museológico: a sua relação com o cânone, as narrativas que lhe são imputadas e os desafios para a expansão e renovação desse conhecimento histórico no momento contemporâneo.

As investigações recentes sobre objetos vinculados aos estudos de design têm potenciado novas compreensões e interpretações sobre os objetos de design em contexto museológico. Estas vozes pluralistas, assentes em contextos teóricos, ideológicos, metodológicos e críticos distintos, têm vindo a desvincular estes objetos e coleções dos arquétipos discursivos instituídos, nomeadamente os historicamente gerados pela História da Arte e pela História do Design e asseverados pelas Academias e pelos Museus.

Esta redefinição de discursos fomentou o surgimento de novas questões na museologia, nomeadamente sobre a perceção do que é um objeto de design e quais as narrativas que assumem e/ou deverão assumir no contexto museológico, quando intersetados com outros contextos económicos, políticos, sociais e culturais.

Esta conferência pretende contribuir para uma partilha e discussão de questões relacionadas com a musealização dos objetos de design, particularizando-se as temáticas relacionadas com a gestão de coleções (documentação) e interpretação (curadoria expositiva e serviços educativos) sobre esses objetos.

Espera-se:

1. conhecer e avaliar novos instrumentos e abordagens na organização do conhecimento dos objetos de design (políticas e práticas de categorização dos objetos; narrativas imputadas aos objetos); 2. colaborar para uma reavaliação dos processos de musealização praticados em instituições museológicas dedicadas, ou não, a esta tipologia de objetos e coleções (reanálise e reformulação de políticas, práticas e discursos expositivos).

A realização desta conferência procura, também, reunir profissionais de investigação dos campos da Museologia e do Design, no sentido de se relacionarem as competências produzidas na Academia com as problemáticas geradas nos Museus, proporcionando espaços de encontro entre a teoria e a prática. Procurar-se-á estabelecer uma relação entre grupos de investigação oriundos de diferentes universidades dedicados aos Estudos de Museus e de Design, com instituições museológicas e outros agentes implicados, coligando questões de investigação análogas ou relacionadas.

Público

O encontro científico destina-se a investigadores e profissionais dos campos da museologia e do design e a outros que tenham os museus e os seus contextos como objeto de estudo, numa interseção entre as comunidades museológica e académica. Público em geral.

A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição

Formulário de inscrição aqui.

Mais informação

Programa

19 Out Quinta-feira

09:00

Receção, Distribuição de documentação

09:30

Abertura e agradecimentos

09:45

Práticas de conhecimento sobre objetos de design em museus

Sandra Senra

A redefinição de discursos sobre a perceção do que é um objeto de design e os sistemas de representação em que se inserem, promoveram o surgimento de novos questionamentos no campo da museologia, nomeadamente no que respeita à gestão de coleções. Esta apresentação procura partilhar e explorar algumas dessas questões e refletir sobre o modo como os paradigmas teóricos, maioritariamente provenientes das disciplinas de história da arte e do design, contribuíram para a institucionalização de sistemas de organização do conhecimento em instituições museológicas, tendo, porventura, condicionado outras formas de musealizar objetos e coleções de design.

Sandra Senra

Sandra Senra

Sandra Senra (Porto, Portugal, 1978) é Doutoranda do 3.º ano do 3.º Ciclo de Estudos em Museologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e Bolseira de Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e Investigadora do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória. A investigadora é licenciada em História da Arte (2004) e Mestre em Museologia (2012), pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto; foi Técnica Superior de História da Arte na Divisão de Património Cultural da Câmara Municipal do Porto, onde realizou o inventário da Arquitetura Religiosa Portuense e o inventário dos Elementos Cerâmicos, Decorativos e de Revestimento (2005-2006). Além disso, exerceu funções de curadora e gestora de eventos e exposições em superfícies comerciais, nacionais e internacionais (2007). No âmbito do Mestrado em Museologia, realizou um estágio curricular na Casa-Oficina António Carneiro (2010-2011) e um estágio profissional no Museu Marítim de Barcelona (2011-2012), tendo, em ambos, desenvolvido um estudo e inventário de uma coleção de Pintura. Foi ainda Bolseira de Investigação Mestre na área da Museologia, no projeto CIDES.PT – Centro de Interpretação do Design Português (2013-2014).

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Estatuto e documentação do objeto de Design em Museus

I

Painel I.

Sandra Vieira Jürgens - Moderadora

Sandra Vieira Jürgens - Moderadora

Sandra Vieira Jürgens - Moderadora

Sandra Vieira Jürgens é investigadora de pós-doutoramento; bolseira FCT, no Instituto de História da Arte – IHA, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa. É também professora e coordenadora da Pós-Graduação em Curadoria de Arte na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa. Dirige a revista online Wrong Wrong (wrongwrong.net) e a plataforma digital raum: residências artísticas online (raum.pt).

10:00

A Quem Pertence O Objeto?

Jonathan M. Woodham

Várias coleções de design de museus, em particular aquelas que com ênfase no design durante a última centúria, têm servido como um reflexo do fosso que se criou entre os seus conteúdos e as formas como a investigação, e estudo, da história do design têm evoluído no decorrer das últimas quatro décadas. A antropologia social, a etnografia e o estudo da cultura material, bem como a compreensão mais sofisticada dos ramos da história da industria, da economia, social e política, têm-se visto ladeadas por uma crescente tomada de consciência das diretrizes de design, dos processos e de design do currículo no questionamento das ortodoxias existentes. Igualdade e diversidade geográfica figuram parcamente no primeiro plano da perspetiva museológica ou nas políticas das coleções. Será dada uma breve consideração aos modos como tal forma de pensar causou - ou não - impacto nas políticas e perspetivas das coleções dos principais museus internacionais, bem como dos museus menores, como são os casos do MUDE (Museu do Design e da Moda) de Lisboa ou das coleções pós-1900 no Museu de les Arts Decoratives de Barcelona.

Jonathan M. Woodham

Jonathan M. Woodham

Jonathan M. Woodham esteve envolvido no desenvolvimento do estudo e investigação da história do design, desde meados da década de 1970, em grande parte na Universidade de Brighton, onde foi nomeado Professor Emérito em História do Design. A sua experiência em investigação tem sido amplamente focada nas questões do design no mundo industrializado desde os princípios do século XX até ao presente, particularmente dentro do contexto britânico. Experiências estas que incluem vários aspetos das políticas governamentais e do design na Grã-Bretanha e no exterior, particularmente aquelas que relacionam o design e o estado, as políticas do design, design e identidade nacional, design e imperialismo, sociologia e cultura do design, o desenvolvimento da profissão de design e o significado do design na vida quotidiana. Desde os finais da década de 1990, aumentou o seu interesse pelas políticas e realidades de histórias “perdidas” ou “escondidas” fora da órbita dos enquadramentos modernista e Anglófono dominantes. Através do aumento poderoso da pressão económica, no sentido de se modernizar e globalizar, o significado de muitas tradições de design contemporâneo autóctones e de outras questões que abrangem o património cultural, foram colocadas à margem da competitividade económica, muitas vezes associada à inacessibilidade dos idiomas, exclusiva a apenas alguns milhões de falantes nativos. Publicou mais de 100 livros, capítulos de livros e artigos, como o Twentieth Century Design (Oxford University Press), que vendeu mais de 60 mil cópias em todo o mundo. Foi convidado para discursar mais de 30 vezes em 25 países em todo o mundo, esteve envolvido no Journal of Design History desde o seu lançamento, em 1988. Além disso, é membro do conselho editorial da Design Issues e membro da direção da International Conference for Design History and Design Studies (ICDHS).

10:40

Discussão

11:00

Pausa para Café

II

Painel II.

Maria Helena Souto - Moderadora

Maria Helena Souto - Moderadora

Maria Helena Souto - Moderadora

Maria Helena Souto. Doutorada em Ciências da Arte pela FBA-UL e Mestre em História da Arte pela FCSH-UNL. Professora Associada do IADE-Universidade Europeia, coordenadora do Grupo de Investigação “Mapping Design” da Unidade de Investigação UNIDCOM/IADE, é também investigadora colaboradora dos centros de investigação CIDEHUS/UÉvora e do IHC/ UNL. Investigadora Responsável entre 2012-2015, pelo projecto de investigação “Design em Portugal (1960-1974): acções, intervenientes e repercussões do Núcleo de Arte e Arquitectura Industrial e do Núcleo de Design Industrial do I.N.I.I.”, financiado pela FCT e co-financiado pelo COMPETE. Actualmente é Responsável Científica pelo IADE no projecto europeu de cooperação de larga escala co-financiado pelo Creative Europe Programme within the Culture sub-programme, Women’s creativity since the Modern Movement - MoMoWo (2014 a 2018). Autora de vários artigos sobre temas de História da Arte e do Design em Portugal publicados em obras colectivas, catálogos e revistas científicas, nomeadamente, em2016, do artigo “Portuguese Design” (in The Bloomsbury Encyclopaedia of Design, vol.3) e das monografias “Portugal nas Exposições Universais1851-1900” (Ed. Colibri, 2011) e Design Português, 1900-1919 (Ed. Verso da História/ESAD, 2015). Comissariou recentemente as exposições “A Arte Interior. Siza Vieira e o desenho de objectos” (MNAz - Museu Nacional do Azulejo, 2015-16), e “Ensaio para um arquivo: o tempo e a palavra. Design em Portugal entre1960 e1974” (MUDE – Museu do Design e da Moda, Lisboa, 2015-16) e co-coordenou os respectivos catálogos.

11:20

Design gráfico em museus: o campo expandido

Maddalena Dalla Mura

O design gráfico - como um trabalho e um meio de comunicação, reprodutível e efémero e como um documento histórico, um arquivo de imagens e palavras, bem como um repositório de histórias - faz um caso significativo de estudo com respeito ao status do design em museus. Esta palestra visa enquadrar esta imagem multifacetada e, através da discussão de vários casos, refletirá sobre os desafios e as oportunidades abertas para o design no campo expandido do GLAM na era digital.

Maddalena Dalla Mura

Maddalena Dalla Mura

Maddalena Dalla Mura (Udine, Itália, 1974) desenvolve investigações nos campos do design e história do design gráfico e estudos de museus, é mestre em Conservazione dei Beni Culturali (2000) e possui um Doutoramento em Scienze del Design pela Università Iuav di Venezia. De 2012 a 2015, trabalhou como investigadora na Libera Università di Bolzano, onde lecionou idiomas e teorias da comunicação visual. Maddalena é também editora associada da revista de história do design AIS/Design: Storia e Ricerche. Entre as suas publicações destacam-se: Graphic Design Worlds/Words (coedição de Giorgio Camuffo, Electa, 2011); o capítulo A Historiography of Italian Design (com Carlo Vinti) em Made in Italy: Rethinking a Century of Italian Design (Bloomsbury Academic, 2013); Graphic Design, History, Italy, edição especial da revista Progetto Grafico (coedição de Carlo Vinti, Aiap, 2013); Graphic Design, Exhibiting, Curating, About Learning e Design and Graphic Design: History and Practice. Atualmente, colabora com a Università Iuav di Venezia, num projeto de investigação que estuda a utilização de recursos digitais para o melhoramento do património cultural do design gráfico e é docente de História do Design Gráfico e História do Design, respetivamente na Accademia di Belle Arti Tiepolo de Udine e na Università degli Studi de Ferrara.

12:00

A construção de narrativas digitais sobre o design português no âmbito do Projeto CIDES.PT

Vasco Branco

Para interpretar o Design Português, para o compreender e, num sentido operativo, para suscitar a sua reinterpretação, deverá ser possível gerar uma visão holística, onde se acrescente, à visão histórica, antropológica e etnográfica dos objetos, uma hermenêutica centrada no design: que estude a morfogénese, a motivação e oportunidade dos produtos, dos dispositivos e serviços desenhados por designers portugueses ou por outros intervenientes na produção da cultura material portuguesa. Trata-se de evidenciar a dimensão semântica e abdutiva dos artefactos tornando, por um lado, percetível a cadeia de decisões que conduziram o seu projeto a convergir numa solução e, por outro, demonstrável a proliferação de significados que o mercado promove e o seu uso provoca. Uma abordagem que percorra o caminho desde um objeto até à ideia que lhe deu origem (percurso que batizámos como “design inverso”, por similitude com o conceito de “engenharia inversa”) permitindo, como efeito colateral, manter em aberto a possibilidade de reconhecer na condição portuguesa, traços de identidade que façam justiça à sua longa história, rica em atravessamentos geográficos e culturais.

Vasco Branco

Vasco Branco

Doutorou-se em Engenharia Eletrotécnica e Computadores (Design de Interação) pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em 1997. É Professor Associado do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, onde foi um dos primeiros responsáveis pelo desenvolvimento da área de Design (licenciatura, mestrados e doutoramentos). Desde 2008, e enquanto um dos seus fundadores, assume a direção do ID+ (Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura), uma unidade de investigação conjunta das Universidades de Aveiro e do Porto e, recentemente, do Instituto Politécnico do Cávado e Ave. Neste âmbito, entre 2013 e 2015, foi o investigador responsável pelo projeto CIDES.PT – Centro de Interpretação do Design Português, financiado pela FCT. Integra a Comissão para a área de Design da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Representa a Universidade de Aveiro na ADDICT (Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas) e no Comité Executivo da European Academy of Design. É membro do conselho editorial de algumas revistas internacionais na área do Design (The Design Journal, The ‘Radical’ Designist: Journal of Design Culture, I+DISEÑO).

12:20

Livro de Objetos

Iva Knobloch

O objectivo passa por descrever o processo de criação do livro sobre objetos de design nas Czech Lands 1900-2000. A sua principal motivação foi o interesse da audiência checa em design ter crescido nas últimas décadas, ao contrário do conhecimento histórico e da compreensão do contexto essencial.

Iva Knobloch

Iva Knobloch

Iva Knobloch é especializada em História do Design Moderno e está envolvida em projetos de design contemporâneo na República Checa. É fundadora e editora da série de livros Czech Design: Key Personalities. Em 2003, organizou a exposição itinerante do designer Checo-Americano Ladislav Sutnar (www.sutnar.cz) e editou vários livros sobre o seu trabalho (Design in Action, 2003; Mental Vitamines, 2010; American Venus, 2011). Recentemente, Iva coeditou a reimpressão do Czech Design: Discussion, 2014; Vital Art Nouveau, 2013; e Design in Czech Lands, 1900-2000. Ensina História do Design Gráfico na VŠUP - Academy of Art, Design and Architecture, em Praga. Em 2014, foi estudante Fulbright no MoMA, tendo realizado uma investigação sobre o tema do Pavilhão da Checoslováquia, na Feira Mundial de Nova York de 1939. Em 2016, coeditou, com Radim Vondracek, Design in the Czech Lands 1900-2000, a primeira síntese da história do design checo.

12:40

Espaço para Debate

13:00

Pausa para Almoço

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INTERPRETAÇÃO DO OBJETO DE DESIGN EM MUSEUS

III

Painel III.

ALICE SEMEDO - Moderadora

ALICE SEMEDO - Moderadora

ALICE SEMEDO - Moderadora

Professora Auxiliar do Departamento de Ciências e Técnicas do Património e investigadora integrada do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória da Faculdade de letras da Universidade do Porto. Leciona Unidades Curriculares em diferentes Ciclos de Estudos (Arqueologia, Ciência da Informação, História e Património e Museologia), tendo atuado como Diretora do Mestrado (entre 2003-13) e do Doutoramento em Museologia (a partir de 2013). Participou em diferentes projetos de investigação, editou, publicou, organizou conferências e orientou cerca de 3 dezenas de Dissertações de Mestrado e 5 Teses de Doutoramento (2 delas já publicadas em livro) sobre tópicos relacionados com os seus interesses, tais como, as narrativas e os discursos museológicos, as identidades profissionais em museus, a criatividade nos museus e os espaços-entre da mediação, ou as missões de museus no mundo contemporâneo.

14:40

O Comité Internacional para as Artes Decorativas e Design/ICOM

Maria José Tavares

O ICDAD - Comité Internacional para os Museus de Artes Decorativas e Design é dedicado aos museus e coleções de artes decorativas e aplicadas, conservadas em museus, casas históricas, castelos, palácios e monumentos históricos. Interessa a este grupo de trabalho, ao qual pertencem museus e casas históricas de todo o mundo, temas tão variados como o desenho de interiores, vivências, conservação e autenticidade, assim como estudar, preservar e difundir coleções de artes decorativas e de design moderno e contemporâneo, as suas técnicas e autores.

Maria José Tavares

Maria José Tavares

Maria José Tavares é formada em História (variante História da Arte), com Pós-graduações em Museologia e Peritagem de Mobiliário. É Conservadora da coleção de Mobiliário do Palácio Nacional da Ajuda e desempenha funções de Secretária do ICDAD - Comité Internacional para os Museus de Artes Decorativas e Design desde dezembro de 2016.

15:00

User, Maker, Designer: interpretação do desenvolvimento para o novo Museu de Design em Londres

Helen Charman

O Museu do Design abriu a sua nova localização em Kensington, no oeste de Londres e representa o culminar de um projeto com dez anos. O novo museu de design tem uma visão democrática "para inspirar todos a entender o valor do design". Esta visão é sustentada por três mensagens principais: esse design está em todos os lugares, é para todos e molda e melhora vidas. Comunicar a visão é o centro para o esforço de curadoria. Este esforço é realizado através da linguagem interpretativa do programa do museu, expressa na exibição permanente gratuita Designer Maker User; as exposições temporárias; e a aprendizagem, o envolvimento público e as atividades de pesquisa.

Helen Charman

Helen Charman

A Professora Doutora Helen Charman é Diretora do programa Learning and Research, do Design Museum, em Londres, onde trabalha desde 2007. É uma profissional da cultura, com 25 anos de experiência em educação em museus e galerias. Anteriores funções incluem também a chefia do programa Learning and Access, no Museu de Arte Contemporânea, em Sidney; Curadora-sénior de Educação, na Tate Modern; Diretora de Educação e Diretora de Cooperação Cultural e Desenvolvimento das Artes, da London Borough of Harrow. É ainda membro da Engage, National Association for Gallery Education e membro do Grupo Cultural Learning Alliance. Possui mestrados da Oxford University (Literatura Inglesa) e da University of London (História da Arte) e Doutoramento em Educação de Museus (University of London). Atualmente, leciona alunos do mestrado Museum and Gallery Education, no Institute of Education’s, do mestrado Education in Arts and Cultural Settings, no Southbank Centre/Kings College e do mestrado Curating Contemporary Design, do Design Museum/Kingston University’s. Paralelamente à sua aprendizagem cultural, possuium vasto interesse na educação para o desenvolvimento, tendo trabalhado em vários projetos no exterior, incluindo Sri Lanka e Lituânia.

15:20

Design de Museus versus Eventos de Design, criando singularidade através do envolvimento de pessoas

Susana Gonzaga

O design tornou-se uma disciplina, um ramo do conhecimento, especialmente dirido à produção de interfaces,que ajudam as pessoas a viver e lidar com atividades diárias. Na última década, o design tornou-se um serviço, um promotor cultural, um grande produtor de eventos que envolve públicos amplos, locais e internacionais. A sociedade está a perceber tais avaliações, assumindo e integrando esta onda criativa com as possibilidades que o design pode oferecer em termos de inovação e oportunidades.

Susana Gonzaga

Susana Gonzaga

Natural do Porto, Susana Gonzaga é Doutorada em Design pelo Politécnico de Milano, sobre o tema da Cultura e Musealização do Design na Europa. É também professora auxiliar no Departamento de Arte e Design da Universidade da Madeira, desde 2012, depois de ter passado, enquanto docente, pela Universidade de Aveiro e pela Escola do Politécnico de Milão. Foi coordenadora dos 1º e 2º ciclos em Design na Universidade da Madeira até janeiro de 2017 e criou o Mestrado multidisciplinar em Design dos Espaço. Susana é ainda Membro da Unidade de Investigação ID+, Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura; colaboradora no grupo MADE.PT e designer freelancer desde 1992, data em que concluiu a licenciatura na ESAD. Desde então, tem vindo a desenvolver vários artefactos de design industrial e de comunicação gráfica para diversas empresas nacionais. É membro de várias comissões científicas de encontros internacionais e nacionais, e revisora de encontros científicos na área do Design. Tem dedicado os seus projetos de investigação à aplicação da metodologia Human Centered Design, na concepção e desenvolvimento do Design aplicado aos espaços públicos e aos bens culturais. Desta investigação fazem parte os projetos elaborados com a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, com o Museu de Arte Sacra do Funchal, com a Universidade da Madeira, com o Projecto UMDesign e com a Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais. Desta investigação surgiu o convite para coordenar o workshop internacional, em maio de 2016, na Escola de Design de Milão e algumas publicações em atas de conferências internacionais. Está, no momento, a organizar, em parceria com o IADE-Creative University de Lisboa, a 9ª Conferência Internacional Senses and Sensibility, sob o tema Design Beyond Borders, a realizar no Funchal, em outubro de 2017.

15:40

Espaço para debate

16:00

Pausa para Café

IV

Painel IV.

Francisco Providência - Moderador

 Francisco Providência - Moderador

Francisco Providência - Moderador

Francisco Providência (1961-), Designer de Comunicação pela FBAUP, lecionou Design e Desenho na FBAUP e FAUP (1985-1997) e colabora com a Universidade de Aveiro desde 1997, onde contribuiu para a estruturação da formação em Design. Defendeu Doutoramento em Obra e dirige o Programa Doutoral em Design conjunto das Universidades do Porto e Aveiro. Designer em atelier próprio desde 1985, tem-se dedicado à transferência do Design nas empresas e à Museografia, domínios transversais de interdisciplinaridade. Investigador cofundador da Unidade de Investigação em design, media e cultura (ID+). Cofundador da editora Sátira design (1996), consultor do Centro Português de Design (1998) e de diversas organizações, releva o impacto do design na economia. Representa Portugal no Comité Assessor da Bienal Ibero Americana de Design (BID) desde 2007, e pertence ao board e conselho consultivo da Porto International Design Biennale 2017. Do seu curriculum destacam-se os projetos de museografia: Jóias da Coroa, Palácio da Ajuda (2017), Centro Interpretativo do Castelo de Guimarães (2016), Museu do Dinheiro, Banco de Portugal (2015), nomeado EMYA, melhor museu APOM (2017) e prémio Acesso Cultura, Acessibilidade Integrada (2017); Palácio do Raio, Sta Casa da Misericórdia de Braga (2015); Muralha Dionisina, Banco de Portugal (2014); Museu do Douro, Peso da Régua (2013); Centro Interpretativo da Afurada (2012); Museu de Arte Nova de Aveiro (2012); Centro Interpretativo da Batalha (2012); Museu de Penafiel (2008) nomeado EMYA e melhor museu APOM; e Centro Interpretativo de Miróbriga (2000). Em 2008 recebeu o prémio Red Dot International e, em 1999, foi distinguido pelos Prémios Nacionais de Design (CPD).

16:20

MUDE! O Lugar e o Papel dos Museus de Design

Bárbara Coutinho

No mundo em que vivemos, com os desafios que enfrentamos, é forçoso repensar o lugar e o papel dos museus de design. Como podem contribuir para uma reflexão sobre a nossa cultura material, a nossa relação com as coisas que nos rodeiam, e o valor que lhes atribuímos? trabalhar com vista à necessária consciencialização de todos da real dimensão do design como fator transformador da sociedade e alicerce de um modelo sustentado de desenvolvimento? estimular a real partilha de informação e conhecimento e o intercâmbio intergeracional? ser um lugar de interpretação e experiência que provoque um processo de transformação e conhecimento humano e social? incorporar os processos colaborativos e participativos, indo para além do entretenimento e do lazer, de forma a reaproximar a criatividade e a vida, a estética e a política? E quais as consequências destas reconfigurações na própria orgânica e funcionamento interno dos museus e das suas equipas?

Bárbara Coutinho

Bárbara Coutinho

Bárbara Coutinho (Lisboa, Portugal, 1971) é mestre em História da Arte Contemporânea, com uma dissertação sobre o pensamento e obra do arquiteto português Carlos Ramos (1898-1969). Possui uma pós-graduação em Pedagogia da História da Arte e encontra-se em fase de redação da tese de doutoramento sobre o Espaço Expositivo nos Museus do Século XXI. Bárbara é também a diretora fundadora e programador do MUDE - Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo, desde 2006, e autora do Programa Museológico e do Programa Funcional do MUDE, sendo também a responsável pelo conceito arquitectónico das obras de Requalificação Integral do edifício. Divide o seu trabalho entre a pesquisa, o ensino, a curadoria, a edição e a escrita e é membro do Docomomo Internacional. Entre 1998 e 2006, concebeu e dirigiu o Serviço de Educação do Centro de Exposições e o Programa de Cursos de Formação de Arte Moderna e Contemporânea, Design e Arquitectura, da Fundação Centro Cultural de Belém.

16:40

EXPOSIÇÕES DE DESIGN E DESIGN EXPOSITIVO: A CURADORIA COMO DISCURSIFICAÇÃO DISCIPLINAR DO DESIGN PORTUGUÊS

José Bártolo

A comunicação foca a sua atenção nas exposições de design desenvolvidas em Portugal entre os anos 60 do século XX e a atualidade para, a partir deste corpus, analisar a importância das exposições como espaço projetual em design e refletir sobre a relevância da dimensão curatorial na consolidação disciplinar do design português da segunda metade do século XX e primeiras décadas do século XXI. A comunicação finaliza com um enquadramento mais específico da estratégia de programação da Casa do Design de Matosinhos.

José Bártolo

José Bártolo

Professor Coordenador na ESAD - Escola Superior de Artes e Design, fez provas de Agregação em Design (2015) e Doutoramento em Ciências da Comunicação (FCSH/UNL, 2006). É ainda Diretor Científico do esad — idea, investigação em design e arte, e membro da direção do CECL da Universidade Nova de Lisboa. Foi Professor no Curso Doutoral da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e colabora como avaliador na área do design. É editor da revista PLI Arte & Design e autor de diversos artigos e livros na área da teoria crítica e da história do design. Trabalha como curador independente desde 1998 e foi comissário do Pavilhão de Portugal na XXI Trienale de Milão (2015) e curador, entre outras, das exposições Discos Orfeu (1956-1983) — Imagens, Palavras, Sons (Matosinhos, 2017), Duets (Beijing Design Week, 2014), A Revolução Tem de Estar Perto (Coimbra, 2014), A Liberdade da Imagem (Porto, 2014). Atualmente, é Curador Geral da Porto - Design Biennale.

17:00

Espaço para Debate

17:20

Encerramento do 1º dia

Fernando Moreira da Silva

Fernando Moreira da Silva

Professor Catedrático da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (FA/ULisboa); Doutor e Mestre pela Universidade de Salford, Reino Unido, em Built Environment; Doutor pela Universidade Técnica de Lisboa, em Arquitetura, Especialidade em Comunicação Visual; Pós-Doutorado pela Universidade de Salford em Design de Comunicação Visual, Design Inclusivo e Cor. Presidente do CIAUD - Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design; Coordenador da Área Científica de Design, Coordenador dos Mestrados em Design e Coordenador do curso de Doutoramento em Design, na FA/ULisboa. É ainda membro do painel da FCT para atribuição das bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento em Arquitetura, Urbanismo e Design, desde 2008; Pesquisador Honorário no Centro de Investigação SURFACE; coordenador pela Universidade de Lisboa no curso Internacional de Doutoramento em Design e Inovação, com a coordenação geral da Universidade de Nápoles; Membro do Conselho Geral da Universidade de Lisboa; Membro de Comissões Científicas de várias revistas científicas internacionais. Coordenação e participação em diversos projetos de pesquisa, muitos deles financiados pela FCT. Publicações em revistas científicas com revisão por pares, capítulos de livros e três livros. Em outubro de 2016, foi implementada no Programa de pós-graduação em design, a disciplina "Tópicos em Design: Design e pesquisa Científica", onde foi docente.

20 Out Sexta-feira

10:00

Mesa Redonda

Lúcia Matos - Moderadora

Lúcia Matos - Moderadora

Lúcia Matos - Moderadora

Professora Associada da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto onde leciona Estudos de Arte Moderna e Contemporânea e Coordena o Mestrado em Estudos Artísticos que integra especializações em Teoria e Crítica da Arte e em Estudos Museológicos e Curadoriais. É membro integrado do Instituto de História da Arte da FCSH da Universidade Nova de Lisboa onde coordena a linha temática A Exposição: Teorias e Práticas. Lidera e participa em projetos de investigação nacionais e internacionais. Organiza exposições a partir dos temas de investigação que desenvolve.

José Bártolo - Moderador

José Bártolo - Moderador

José Bártolo - Moderador

Professor Coordenador na ESAD - Escola Superior de Artes e Design, fez provas de Agregação em Design (2015) e Doutoramento em Ciências da Comunicação (FCSH/UNL, 2006). É ainda Diretor Científico do esad — idea, investigação em design e arte, e membro da direção do CECL da Universidade Nova de Lisboa. Foi Professor no Curso Doutoral da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e colabora como avaliador na área do design. É editor da revista PLI Arte & Design e autor de diversos artigos e livros na área da teoria crítica e da história do design. Trabalha como curador independente desde 1998 e foi comissário do Pavilhão de Portugal na XXI Trienale de Milão (2015) e curador, entre outras, das exposições Discos Orfeu (1956-1983) — Imagens, Palavras, Sons (Matosinhos, 2017), Duets (Beijing Design Week, 2014), A Revolução Tem de Estar Perto (Coimbra, 2014), A Liberdade da Imagem (Porto, 2014). Atualmente, é Curador Geral da Porto - Design Biennale.

Jorge Silva

Jorge Silva

Jorge Silva

Jorge Silva, designer editorial e responsável pelo ateliê Silvadesigners, coleciona compulsivamente ilustração, em todos os suportes impressos possíveis, de livros a carteiras de fósforos, somando mais de 30 categorias de suportes ilustrados, numa leitura muito plural da história da Ilustração portuguesa. Em breve, a Biblioteca Silva estará disponível ao público, graças a um novo conceito de biblioteca digital: uma vertente lúdica e as valências de uma biblioteca convencional. Integrado no site estará o Museu da Ilustração (MI), com a exposição permanente de centenas de originais, exposições temáticas temporárias e um dicionário de autores. Biblioteca Silva é também o nome de uma nova coleção de livros, parceria com a Editora Abysmo, de João Paulo Cotrim. Os originais de ilustração, que também coleciona, dividem-se em duas áreas: uma de ilustradores com quem trabalhou como diretor de arte ao longo dos últimos 30 anos; outra, um puzzle que abarca todo o século XX com obras significativas de Alfredo Morais, Bernardo Marques, Cândido Costa Pinto, Infante do Carmo, José de Lemos, Lima de Freitas, Manuel Lapa, Manuel Ribeiro de Pavia e Tom. É curador das coletivas de ilustração ILUSTRA 33 e de retrospetivas dedicadas a históricos como Lima de Freitas, Luís Filipe de Abreu e Manuel Ribeiro de Pavia, integradas na Festa da Ilustração de Setúbal. É responsável pela Coleção D, livros dedicados à história do design e dos designers portugueses, editada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Tem um blog, desde 2011, almanaquesilva.wordpress.com, onde revela fragmentos da História da Ilustração portuguesa.

Nuno Coelho

Nuno Coelho

Nuno Coelho

Nuno Coelho (Bruxelas, 1976) é designer de comunicação, investigador do CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX e professor da Universidade de Coimbra (UC), onde leciona nos cursos de Licenciatura e Mestrado em Design e Multimédia. Doutorado em Arte Contemporânea pela UC, Master em Design e Produção Gráfica pela Universidade de Barcelona e Licenciado em Design de Comunicação/Arte Gráfica pela Universidade do Porto. Desenvolve regularmente projetos autorais na interseção entre o Design e a Arte, levantando questões na sua maioria sobre temáticas sociais e políticas. Tem igualmente explorado questões de identidade e memória através da exploração de arquivos de marcas comerciais históricas portuguesas (como é o caso da Saboaria e Perfumaria Confiança em Braga, da fábrica de lápis Viarco em São João da Madeira, da plantação e fábrica de chá Gorreana nos Açores, entre outras), assim como de instituições (como é o caso do Teatro Municipal Rivoli no Porto). Realizou trabalhos de curadoria em Design e é autor de dois livros. Participou em exposições e/ou realizou conferências na Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, Grécia, Itália, Irão, Lituânia, México, Portugal e Sérvia.

Helena Sofia Silva

Helena Sofia Silva

Helena Sofia Silva

Helena Sofia Silva (Porto, 1976) é docente e investigadora em Design. Licenciada em Design de Comunicação (FBAUP) e mestre em Design (ESAD), lecciona na ESAD, desde 2000, temas relacionados com a história e a teoria dos média e da moda. Frequenta o Programa Doutoral em Design – PhDD (UP, UA, UPTEC, FCT), onde investiga sobre gráficos de protesto em Portugal em associação com o arquivo e biblioteca Ephemera, de José Pacheco Pereira. Autora de “Design Português –1980/1999” (Verso da História, 2015), colaborou nas monografias dedicadas aos designers João Machado e Francisco Providência (Cardume, 2016) e foi co-autora em monografias sobre os arquitectos Siza Vieira e Souto de Moura (Quid Novi, 2011). Juntamente com Francisco Providência assumiu a curadoria da exposição “Burilada”, que em Junho de2016 inaugurou a Casa do Design (Matosinhos).

Sofia Rocha e Silva

Sofia Rocha e Silva

Sofia Rocha e Silva

Designer de comunicação, licenciada pela Faculdade de Belas-Artes do Porto e mestre pela Escola Superior de Arte e Design de Matosinhos, desenvolveu a sua dissertação de mestrado sobre coleções privadas de design português e a sua relação com a esfera pública. Vive e trabalha em Vila Real como presidente e coordenadora da cooperativa cultural Transa.